Eu poderia escrever muita, mas muita coisa sobre os cariocas do Pelvs e seus 21 anos de estrada e 4 discos. Mas poderia também colocar Peter Greenaway’s surf, seu álbum de estreia que completa 20 agora em agosto de 2013 na seção ‘Discos na Íntegra’ e não dizer absolutamente nada sobre o mesmo, deixando à cargo de vocês leitores a tarefa de correr atrás das informações sobre o biscoito.
Bem, nem tanto uma coisa e nem tanto a outra, ok?
Resumindo a história, o Pelvs surgiu mais ou menos na mesma época em que uma porção de guitar bands nacionais tiravam de suas garagens – ou quartos, no caso deles – fitas demo que depois se tornariam discos, invariavelmente de forma independente.
Com Peter Greenaway’s surf, debute dos caras, a coisa não foi diferente: gravada em um estúdio caseiro em 1993, a então fita demo foi parar na loja do selo Rock It! – de Dado Villa-Lobos (Legião Urbana) e André Müller (Plebe Rude). Os dois chaparam no casamento melodia/distorção do trio, André tocou algumas faixas num programa que tinha com Tom Leão na ‘maldita’ (Fluminense FM) e o Pelvs entrou para o cast da gravadora.

Pelvs versão 2013
Mesmo com o apoio do selo o álbum foi gravado em casa, no mesmo lugar onde a banda ensaiava. Suas 21 faixas são, numa descrição bem rasteira, um misto de Teenage Fanclub, Halo Benders, surf music e alguns baseados.
Apontar uma ou outra de suas canções como favorita seria desmerecer as outras 20, todas sensacionais, curtas, diretas, lo-fi na essência e cheias de uma honestidade que não se vê (e ouve) muito por aí em tempos de cover de Strokes e Killers.
As demos de Peter Greenaway’s surf
Enfim, apenas como curiosidade, Peter Greenaway’s surf era o nome que a banda dava a todas suas fitas demo, e a ideia para o nome veio de seu ex-baterista Dodô Azevedo, fã de Peter Greenway.
Pra quem quiser ir além na discografia do Pelvs, o grupo disponibilizou para download gratuito 4 caixas com 68 músicas, incluindo todos seus álbuns, faixas inéditas e demos. E para quem – como eu – quiser matar a saudade de um show dos cariocas, eles se apresentarão (ainda sem data definida) no Rio e em SP tocando Peter Greenaway’s surf na íntegra, com uma cenografia especial que recriará o quarto onde ensaiavam lá no início dos anos 90 e onde nasceu o álbum.
Aguardemos!
Descobrindo a vida nessas 4 caixas, que banda boa e infelizmente “esquecida” por muitos…
Esse álbum é incrível! Espero bastante esse show! Tive a sorte de assistir um no final Ballroom! Que alegria!
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