Uma das bandas mais estranhas e interessantes surgidas entre o fim dos 90’s/começo dos 00’s, o Clinic continua ao longos desses 15 anos despejando regularmente suas esquisitices em bons álbuns.
A cada dois anos o quarteto de Liverpool chega com um novo trabalho, então não é de se estranhar que após Bubblegum, de 2010, os caras tirassem um disco da cartola em 2012. Então pra manter a tal regularidade, com vocês Free reign.
O biscoito saiu do forno via Domino Records (como todos os outros seis) em 12 de novembro, e traz os mesmos Ade Blackburn , Brian Campbell, Jonathan Hartley e Carl Turney de sempre, mantendo as mesmas estruturas musicais de sempre, mas mais uma vez erguendo por sobre essas bases uma construção diferente e complexa.
Enquanto em Bubblegum o Clinic deu uma aliviada nas incursões psicodélicas, em Free reign a pegada Suicide/Spacemen 3 dos primeiros discos do grupo voltou à baila, com uma ‘mãozinha’ de Daniel Lopatin (Ford & Lopatin), que mixou o álbum.
No caldo alucinógeno de Free reign há tanto ingrediente eletrônicos quanto orgânicos; há pós-punk, experimentações, jazz (sim, é verdade) e fortes descargas lisérgicas, tudo misturado. Ora mais pulsante, ora mais letárgico, o álbum flui numa vibração minimalista e repetitiva, e o resultado imediato desse andamento é, inevitavelmente, o transe.
E corroborando o status de ‘amigos da psilocibina’, o Clinic pôs à venda – junto às versões normais de Free reign (CD, LP, MP3) – uma edição limitada em formato de disco voador (na verdade um frisbee) que brilha no escuro, com um código para baixar o álbum. Trippy!
Recomendado para quem gosta de doces!
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