Dylan Baudi começou o projeto Cloud Nothings como tantos outros moleques começaram projetos de rock lo-fi nos anos 2000: sozinho em seu quarto, gravando em fitas cassete.
Imbuído desse espírito de baixa fidelidade, lançou em 2009 e 2012 dois discos pela Carpark (Turning on e Cloud nothings) e no início de 2012 põe na roda pelo mesmo selo seu terceiro trabalho, Attack on memory (lançado no Brasil pela Vigilante).
Agora contando com um estúdio ‘de verdade’ e com o lendário Steve Albini na produção, Baldi deixou para trás os anos de gravações caseiras e a estética lo-fi para apostar numa sonoridade mais polida e voltada à riffs, cheia de suas influências atuais (segundo o próprio, ‘músicas feitas antes dele nascer).
Nesse caldo entra um tanto de hard rock (Sabbath, Thin Lizzy) e muito, mas muito de uma banda que no começo dos 80’s entortou o punk e criou o grunge anos antes das bandas de Seattle, o Wipers.
Attack on memory vai nessa pegada do começo ao fim, com vocais gritados e um ar sempre tenso, quase como se Baldi quisesse externar o fim de sua adolescência de forma visceral, não-contida.
Resta saber se este novo caminho será bom para o futuro do Cloud Nothings. Por aqui essa guinada foi aprovada, mas os xiitas lo-fi rejeitam quaisquer mudanças, então veremos o desenrolar da história nas cenas dos próximos capítulos.
Pingback: Cloud Nothings – Here And Nowhere Else (2014) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS
Pingback: Cloud Nothings – Life Without Sound (2017) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS