Matt Reilly e Ian Vanek são verdadeiros trabalhadores da cultura underground. Entre música, projetos multimídia e todas formas de arte do it yourself, a dupla que atende pelo nome Japanther não para nunca.
Ano passado lançaram o ótimo Rock n’ roll ice cream, e após participarem da Bienal de Veneza e concederem uma entrevista ao P.C.P, agora – conforme haviam adiantado em nossa conversa – chegam ao seu novo álbum cheio.
Beets, limes and rice (uma brincadeira com Beats, rhymes and life, do A Tribe Called Quest) saiu dia 18 de outubro em vários formatos por diversos meios. A Recess Records lançou o vinil e o álbum digital; o cassete saiu via Lauren Records e o selo da dupla (Tapes Records) é responsável pelo CD.
O álbum é uma homenagem a Beau Velasco (do Death Set, encontrado morto em seu estúdio, em 2009), mas nem por isso é deprimido ou melancólico, pelo contrário.
A pegada de Beets, limes and rices é a mesma do Japanther de sempre: punk rock de baixa fidelidade, recheado com colagens, teclados, vocais bubblegum, bricabraques eletrônicos e muita selvageria.
A produção de Michael Blum não tirou a energia visceral de Matt e Ian e também não procurou direcionar essa energia para caminhos duvidosos. A maior referência da dupla continua sendo os Ramones.
Nesse caminho onde o punk encontra seu futuro, o Japanther permanece fazendo música honesta, direta e sem pausas para tomar fôlego. Que continuem assim, e que venham mesmo ao Brasil em breve.
Recomendado!