Quando lançou seu primeiro disco, o Massive Attack já tinha alguns anos de história e seus membros (Daddy G, Mushroom e 3D) já eram bem conhecidos na cena musical de Bristol.
O peso de toda essa bagagem cultural – que envolve sound systems, clubes, produção, discotecagem, etc – é sentido em cada uma das 09 faixas de Blue lines, clássico da música eletrônica e pedra pedra fundamental do trip hop que completa 20 anos agora em 2011.
Tanto quanto Screamadelica, Loveless e Nevermind (todos de 1991), Blue lines é um álbum revolucionário por absorver parte da cultura de uma época e recombinar diversos elementos para criar uma peça única e essencial para o que viria a ser feito depois. Neste caso, muito, soul funk, hip hop, house e muito, muito dub foram derretidos e fundidos para dar origem ao primogênito da família trip hop.
Contando com as vozes de Tricky – que mais tarde viria a lançar alguns dos melhores discos do gênero -, Horace Andy (figura lendária do reggae jamaicano) e da diva Sarah Nelson, Blue lines é um disco hipnótico, com samples inacreditáveis (de William De Vaughn a Lewin Bones Lock) e um ar sombrio, denso e enfumaçado.
Tive a oportunidade de assistir o Massive Attack, e o efeito das faixas de Blue lines ao vivo ainda ecoa pela minha mente. O transe é forte, e seus danos são permanentes. Ainda bem!
Essencial!
Pingback: Massive Attack Vs Burial – Four Walls/Paradise Circus (Single – 2011) « Pequenos Clássicos Perdidos
Pingback: Massive Attack @ BBC 6 Mix (2012) « PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS
Pingback: Portishead – Portishead (1997) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS
Pingback: Ouça as parcerias do Massive Attack com Hope Sandoval e Ghostpoet | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS