Dez anos separam Songs for the jet set de Anatomy, mais recente álbum do Drugstore.

Dez anos nos quais a vocalista e alma da banda, Isabel Monteiro (sim, ela é brasileira, mas mora em Londres desde 1990) viu seu mundo ruir, perdendo amores, amigos, sua casa e sua sanidade, descendo numa espiral de depressão até o fundo do poço. Segundo palavras da própria Isabel, o amor a vida a manteve viva. Ainda bem!

Contando agora com novos ‘cowboys’ em sua formação, o Drugstore volta renovado em 2011. Renovado sim, mas ainda arrancando suspiros a cada acorde, como faz desde o homônimo disco de estreia, lá de 95.

Anatomy (lançado pelo selo Rocket Girl, mesmo de A Place To Bury Strangers, entre outros; e à venda no site da Rough Trade) é um disco de baladas tristes, intimistas, composto basicamente da voz única de Isabel e de acordes simples de violão, sem as distorções de 10, 15 anos atrás. Minimalista mas ao mesmo tempo intenso, transpira emoção da primeira à última faixa.

O clima do disco é de melancolia (reforçado pela presença ocasional de um violino), e musicalmente ele flerta com o alt-country de veia acústica. Junte a isso uma garrafa de uísque e você tem uma combinação perfeitamente perigosa para corações solitários e/ou partidos.

Usando novamente as palavras de Miss Monteiro, Anatomy é um álbum de canções dolorosamente intimistas, desavergonhadamente simples e devastadoramente tristes. Disse tudo!

Recomendado!


3 respostas para “Drugstore – Anatomy (2011)”.

  1. Diana

    Olá Fabio!
    obrigado por escrever sobre o novo album do Drugstore… amo a banda e tenho acompanhado de perto seu retorno, desde que a Isabel voltou devagar reativando o Facebook da banda, depois contando em blog tudo que ela passou nesses anos afastada, a conta no Twitter, as demos das novas canções, o crowd funding pra gravação do album (do qual tenho muito orgulho de ter participado), o contrato com o selo, e finalmente o lançamento em vários suportes…
    só o que falta é a banda tocando por aqui, né?!? espero muito!

  2. […] trouxe boas novidades, como o disco de inéditas dos Screaming Trees; os novos de Stephen Malkmus, Drugstore, Vanguart e Dum Dum Girls, além de clássicos como os Stones e os franceses Cassius para sacudir o […]

  3. […] Após dez anos de carreira e três discos essenciais, a pressão do ‘rock and roll circus’ foi demais para ela, e a banda se separou. Até que o mar da vida a trouxe de volta ao cenário musica, com um Drugstore reformulado e um novo – e também essencial – disco, Anatomy. […]

Deixar mensagem para P.C.P Entrevista – Drugstore « Pequenos Clássicos Perdidos Cancelar resposta