
Georgia, James e Ira
Uma das bandas mais queridas nos círculos de música alternativa, o Yo La Tengo surgiu no distante ano de 1984 em Hoboken (New Jersey), formado inicialmente apenas pelo casal Ira Kaplan e Georgia Hubley.
Já em 1986 – contando com mais dois músicos no line up – lançaram seu primeiro álbum (Ride the tiger). E desde então foram algumas formações diferentes (até a entrada definitiva de James McNew, em 92), muitos discos e shows memoráveis (um deles visto ao vivo pelo P.C.P).

Ao vivo o trio se reveza nos instrumentos e vocais
Hoje a gente presta uma pequena homenagem ao trio apresentando quatro de seus trabalhos, lançados entre 1993 e 2000 (pela Matador), período de grande efervescência criativa em que o Yo La Tengo condensou todas as suas influências – para criar uma música única – e se consolidou como uma das bandas mais importantes no cenário da música independente.
Enjoy it!
Painful (1993)

Painful, ou o sonho barulhento
Primeiro álbum do Yo La Tengo pela Matador, Painful é também o ponto de partida para o que a banda viria a se tornar dali em diante. O folk, o transe, o noise, os improvisos, tudo junto em 50 minutos divididos em 11 faixas. Do clima de sonho em “Nowhere near” à jam distorcida de “Big day coming”, a ‘simplicidade complicada’ da banda começa a tomar forma.
Electr-O-Pura (1995)

Pop? Underground?
Aqui eu descobri o Yo La Tengo – via MTV, é bom frisar – com o clipe de “Tom Courtenay”, que até hoje é minha música preferida na extensa carreira da banda. Electr-O-Pura também deve ter servido como porta de entrada a outros tantos fãs do YLT, já que é um meio termo perfeito entre o pop e o submundo barulhento.
I can hear the heart beating as one (1997)

O disco perfeito!
Se não me engano este foi o primeiro álbum do YLT a sair no Brasil, via Trama. De qualquer forma, I can hear… é considerado por muitos – inclusive por mim – como o melhor álbum do trio. A tal ‘simplicidade complicada’ citada logo acima atinge aqui seu ápice, e o disco vai da guitarrada de “Sugarcube” ao transe completo de “Autumn sweater” sem perder a coesão. O disco perfeito!
And then nothing turned itself inside-out (2000)

A evolução definitiva
No ano 2000 o Yo La Tengo lançou este que é seu álbum menos roqueiro, mais hipnótico, soturno, complexo e, por assim dizer, intimista. And then nothing… é a evolução natural de seu antecessor, e mostra também a evolução dos membros do YLT como músicos, explorando diversas possibilidades (programações, mais harmonias vocais, etc) e atingindo um grau de maturidade que os colocou definitivamente um degrau acima das demais bandas indie.
Longa vida ao Yo La Tengo!
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