
A maior banda de rock da terra e preferida da casa desde a primeira audição – lá no começo dos anos 90 – está de volta.
Dois anos após o ótimo The eternal, estreia do Sonic Youth na Matador Records, eles chegam a 2011 com o 9º trabalho por seu próprio selo (SYR), Simon Werner a disparu, ou simplesmente SYR 9.
O disco é a trilha sonora do filme francês de mesmo nome – filmado quase 20 anos atrás e lançado no festival de Cannes ano passado – do diretor Fabrice Gobert, que conta a história do desaparecimento do adolescente Simon Wener nos subúrbios de Paris e a consequente investigação promovida por seus amigos.
As 13 faixas de Simon Werner a disparu (ou Lights out, outro nome da mesma película) são puro SY, com a diferença de não conter vocais. As texturas instrumentais vão se entrelaçando, criando uma trama de pequenos acordes dissonantes, ruídos e distorções.
Por mais experimental que seja, o álbum não apresenta músicas muito longas – com exceção aos 13 minutos de “Thème d’Alice” – nem excesso de barulho. É construído com timbres de guitarra e aquelas afinações estranhas bem conhecidos dos fãs do grupo, e no meio de toda essa confusão encontra espaço para a ‘melódica’ “Au café”. Isso é Sonic Youth.
A liberdade artística que a banda conquistou nesses 30 anos de estrada faz com que cada novo trabalho seja uma surpresa, e neste novo disco não há mudanças. Soa como só o Sonic Youth soa, mas é diferente como só o Sonic Youth consegue ser entre um álbum e outro; e mantém a juventude sônica um passo à frente, como sempre.
Recomendado!
