A onda de novas bandas shoegaze continua estourando em diversos pontos do globo e deixando meio mundo com um zunido nos ouvidos.
O septeto inglês Laboratory Noise é outro desses grupos que traz para 2010 o lado mais barulhento do rock alternativo dos 80’s/90’s, bebendo até a última gota do néctar musical da cena que se auto celebra(va).
A banda foi formada em 2005, e após gravarem trilhas sonoras para um curta metragem (Beauty is The Promise of Happiness, 2006), um documentário da Chanel 4 (My Crazy Life: The Boy Who Went to War, 2007) e lançarem um EP (Hope is a waking dream, 2007), colocam no mercado – via Recurring Accident Limited – seu debute, When sound generates light.
O disco em questão tem 13 faixas onde as guitarras distorcidas e os vocais etéreos dão o tom. O clima de sonho – que remete direto ao MBV – se junta a progressões épicas típicas do pós-rock, criando um som que apesar de lembrar muita coisa tem personalidade e vida própria.
Em alguns momentos o álbum tem também uma pitada daquela psicodelia chapada do Chapterhouse e um dedinho eletrônico também pode ser notado, se enfiando no bolo de barulho.
Enfim, um caldeirão de referências onde ferve uma sopa de sabor bem conhecido, mas ainda assim saborosa.