O francês Terence Fixmer é preferido da casa quando se fala em techno. Na ativa desde meados dos anos noventa, há 27 anos o sujeito vem despejando EPs, singles e discos cheios sobre nossos corpos e mentes, sempre esticando os limites da ‘música de pista’ até um lugar barulhento, experimental e muito sombrio.
A proximidade com a EBM e o industrial vem desde o início da carreira (em 2003 ele uniu forças a Douglas McCarthy, do Nitzer Ebb, e sob a alcunha Fixmer/McCarthy lançaram dois álbuns, Between the devil, de 2004, e Into the night, de 2008), e esse hibridismo entre a eletrônica dos porões oitentistas e o techno – marca d’água em suas produções – ganhou o nome de Techno Body Music.
Mas nomenclaturas e/ou rótulos à parte, o importante é que Fixmer e sua música seguem ao longo de todo esse tempo distantes dos caminhos fáceis da dance music comercial; o sujeito que construiu sua reputação como um dos pilares da cena underground permanece por lá, experimentando com possibilidades que vão da já citada EBM ao dub, sempre pesado e obscuro.
Hoje a gente relembra o primeiro disco cheio do francês, Muscle machine, lançado em junho de 2001 via International Deejay Gigolo (selo do DJ Hell). O álbum tem 13 faixas duras, diretas, ruidosas, hipnóticas e violentamente dançantes, exatamente como eu gostava de ouvir à época, quando era habitué do submundo eletrônico; aliás, como gosto até hoje, mesmo não sendo mais frequentador assíduo de trens-fantasma (clubes?) ou raves.
Aperte o play e ouça no talo. “Electrostatic” já vai espantar qualquer merda de EDM que ande te atormentando.
Essencial!
Um classico da maquinaria.
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Eu amo esse cara. Um gênio mesmo.