Não há quem goste de música e não saiba ao menos um pouco sobre a gigantesca importância dos Ramones, e não estou falando de roqueiros, punks e afins. Se a pessoa realmente ama a música, independente de gêneros, estilos e etc, ela vai saber algo sobre os 4 caras que lá em 74 se juntaram para por tudo abaixo com apenas quatro acordes.
O primeiro e homônimo disco deles veio ao mundo em abril de 1976, na então caótica e selvagem Nova Iorque, e catalisou toda energia de uma juventude sem futuro em 14 canções curtas, rápidas e certeiras que mudariam definitivamente os rumos da música – e da vida de um monte de gente.
Diferente dos outros habitués do CBGB, intelectuais ou de alguma forma requintados e/ou cheios de vocações ‘artisticas’, os Ramones eram sujos, feios e despretensiosos, mais preocupados em tocar alto e foriosamente o que era sua visão do rock and roll do que em musicar poesias ou criar manifestos. E isso, essa mistura podre de surf music, rock dos anos 50, girl groups e anfetamina compõem Ramones, o disco, que custou 6 mil doletas, foi gravado em 7 dias e saiu pela Sire há 40 anos atrás.
Isso tudo é sabido por muitas, muitas pessoas. Quem quiser saber mais pode encontrar inúmeros textos desbravando os bastidores do álbum e as muitas histórias envolvendo os moleques do Queens nessa época. Fácil.
Difícil é mesurar a importância dos Ramones em minha vida; foi com eles, entre sessões de skate na pré-adolescência, que aprendi a amar e viver essa porra chamada rock and roll, a entender que roupas e discursos não valem nada e importante é atitude e go for it.
E mesmo que não interesse a ninguém além de mim, também nasci em abril de 1976. Feliz aniversário Ramones, e feliz aniversário, Fabio. Beat on the brat!
Essencial!
Pingback: Sonic Youth – Hold That Tiger (1991) | PEQUENOS CLÁSSICOS PERDIDOS