Matias Aguayo nasceu em Santiago, no Chile, mas lá pelos 20 anos se mudou para a Colônia, na Alemanha. Preguiçosamente pode-se dizer que isso já serve como explicação sobre sua música, uma estranha e interessante mistura entre o ‘calor’ latino e o ‘frio’ europeu feita sob moldes eletrônicos.
House e techno tortos, quilos de percussão, vocais bilíngue, diversas e diferentes experimentações com sons que vão do minimalismo Kraftwerkiano às excentricidades de Uwe Schmidt – aka Señor Coconut -, de pistas de dança estroboscópicas a terreiros. Tudo isso desde sempre é Matias Aguayo, e tudo isso está em The visitor, seu mais recente álbum.
Este é o primeiro trabalho do produtor fora da Kompakt, selo que revelou Aguayo ainda nos tempos da dupla Closer Musik (e é responsável entre outras coisas pelo que veio a ser conhecido como ‘Cologne sound’). Lançado pela Cómeme – do próprio Matias – em 24 de junho, The visitor é um álbum livre de amarras e/ou gêneros/estilos.
Como dito no segundo parágrafo deste texto suas 12 faixas são pra dançar; seja em clubes ou quintais, com roupa da moda e ecstasy na boca ou descalço tomando água de coco, na Europa ou na América do Sul. Até porque durante seu processo de criação Aguayo esteve na Argentina, Colombia, França, Mexico e Alemanha recrutando parceiros para cantar e tocar a seu lado, e o resultado não poderia ser outro: um álbum multifacetado, intrínseco mas simples, pop mas experimental, e acima de tudo muitíssimo divertido. Bicudos, passem longe.
Altamente recomendado!
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