Descobri Jane Woodman através da Shauna, uma das metades do duo Ummagma. Jane remixou remixou uma faixa da dupla, chamada “Lama”, e após ouvir – e gostar – fui saber quem era a tal guitarrista que fez o remix.

Não descobri muita coisa: californiana, que além de música faz também filmes e que vinha então levantando fundos para seu primeiro disco cheio. E na verdade não é preciso saber mais nada sobre a moça, a não ser que ela conseguiu financiar seu debute, bola da vez aqui no PCP. Com vocês, Teenage red.

O disco, gravado entre San Francisco, Nova Iorque e Oakland, saiu em 15 de maio, e de tudo que ouvi dessa enorme e relativamente recente onda de revival da darkwave é o que mais se aproxima – ao pé da letra – da mesma.

Batidas eletrônicas lentas (por vezes bem próximas ao industrial) são encobertas por uma guitarra ao mesmo tempo etérea e barulhenta, carregada de efeitos; some aí a voz sonhadora de Woodman e tem-se a receita básicas das 12 faixas deste álbum.

Pense em Cocteau Twins, Pink Industry e afins como referências. Um trabalho sombrio, gelado, que agradará com certeza aos ouvintes do CºLD.

A faixa preferida da casa é “Reticulata”.

Recomendo.