
Power, corruption & lies, segundo disco cheio do New Order, saiu em 1983 e portanto completa neste ano de nosso senhor 30 aninhos. Vai ganhar um texto comemorativo aqui no PCP? Provavelmente, porque é na verdade o primeiro disco dos caras, e não o segundo, portanto tem um enorme valor histórico – e sentimental.
Mas antes de chegarmos ao álbum em si, vamos homenagear um single também lançado em 83, o 12 polegadas mais vendido da história, com a música que mudou tudo, que misturou Nova Iorque e Berlim, Arthur Baker e Kraftwerk, e por assim dizer, criou a dance music. Isso e muito mais chama-se “Blue monday”.
Minhas primeiras experiências com “Blue monday” remontam ao fim da infância/começo da puberdade (isso ainda existe?), época em que o New Order lançou a coletânea Substance. Em todas as festinhas nada superava o momento em que a vitrola rodava essa música em sua versão ’88 – incrementada e inferior à original, diga-se.
O lance é que o tempo passou, “Blue monday” ganhou mais uma versão oficial (’95), foi remixada, sampleada, reinterpretada, copiada e o escambau por um sem número de outros artistas (de Unkle a M.I.A, de Kylie Minogue a Quincy Jones); ganhou status de ‘a música eletrônica mais influente de todos os tempos (não pra menos); entrou em trocentas listas importantes e outras trocentas não importantes (foi eleita a melhor música dos anos 80 pela NME) e em diversas trilhas sonoras…e nós, simples mortais – eu, você e todos que conhecemos – continuamos dançando e dançando ao som de uma Oberheim DMX, um Moog Source e da voz fria de Bernard Sumner.
Ah, no lado b do single há uma versão instrumental e com algumas diferenças (ecos, loops, pedaços dos vocais com vocoder, etc) de “Blue monday”, chamada “The beach”.
Essencial, pra dizer o mínimo!

