
Não demorou muito para que os texanos do Ringo Deathstarr apresentassem ao mundo o sucessor do excelente Colour trip, estreia da banda e um dos melhores álbuns de 2011.
Lançado pela Club AC30 ontem (24 de setembro), Mauve – o tal sucessor – foi gravado entre abril e maio deste ano em Austin e Los Angeles, produzido por Richard Gottehrer e financiado pelos fãs do grupo.
Musicalmente o disco circula pelas mesmas vias por onde caminha o debute do Ringo Deathstarr, então vai um alerta aos desavisados: nele não há pausa para respiro, é distorção do começo ao fim.
As várias referências da banda surgem o tempo todo em Mauve, e é interessante a forma como eles se apropriam delas, as derretem e remoldam com cara própria.
Como em Colour trip, há muito das duas fases do My Bloody Valentine e de Jesus and Mary Chain neste novo trabalho; do primeiro, tanto a lisergia estática quanto a velocidade (muitas vezes estranhamente mesclados); do segundo, as microfonias e vocais (masculinos).
Dessa mistura boa saem grandes faixas, como as urgentes “Slack” e “Drain” e a belíssima “Brightest star”, preferida da casa. Nos três casos – como nas demais 10 canções – as influências não superam a criação, apenas atestam que o Ringo Deathstarr também faz barulho, e com muita personalidade.
Recomendado!
