Pode-se dizer que Doolittle, segundo álbum da carreira dos bostonianos do Pixies foi a fagulha que acendeu a bomba que viria a explodir dois anos depois com Nevermind, do Nirvana.
O college radio norte americano era encabeçado então pelo R.E.M, mas após um debut que já dava indícios de sua genialidade (Surfer rosa, de 88), a banda liderada por Black Francis levou aqui a música alternativa além dos limites do underground.
Doolittle traz o (raro) casamento perfeito entre a fúria punk dos primeiros anos do quarteto e a delicadeza de melodias pop, daquelas assobiáveis e altamente radiofônicas.
A produção de Gil Norton poliu e deu uma temperada na sonoridade crua dos Pixies, levando a música do grupo a romper a barreira entre indie e comercial. Mas não apagou de forma alguma suas marcas de nascença.
O universo surreal das composições de Francis, recheado de aliens, drogas, sexo pervertido e referências latinas (entre outros elementos incomuns) permanece intocado, bem como as linhas de baixo gordas, pulsantes e lineares de Kim Deal e a guitarra simples porém ousada de Joey Santiago.
As 15 faixas do disco contam a história do que viria a ser o indie rock dos anos 90 em diante, e hoje, 22 anos depois, ainda permanece como um momento de ruptura no rock e na música em geral, influenciando gerações de bandas em suas garagens.
Essencial!
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