Anelis Assumpção – Sou Suspeita, Estou Sujeita, Não Sou Santa (2011)

Um disco que foi construído sem pressa nenhuma. É assim que eu prefiro falar desse primeiro disco de Anelis Assumpção. Mas antes de gravar esse disco ela foi fazendo shows pela cidade com praticamente o mesmo repertório, por um tempão. Então eu arrisco a dizer que já conhecia de cor pelo menos umas 10 canções, das 17 que ele possui.

Não só filha de gente importante, nem só cabeça do DonaZica, nem mãe da Rubi e apresentadora da TV Cultura. Anelis vem com boas sacadas nessa estreia.

E eu já estava convencida logo de primeira. Ela não poderia iniciar os trabalhos sem lembrar do paizão Itamar, morto em 2003 e ícone da vanguarda paulista dos anos 80:

Além dessa participação direto do ‘beleléu’, o disco trás outras boas parcerias com artistas que a gente ouve falar com mais frequência.

Para a bonitinha “Amor sustentável”, veio o ator e compositor Gero Camilo; em “Secret”, cantam a atriz-cantora-e-filha-do-maestro Thalma de Freitas com a sedutora Céu (que também aparece em “Neverland”):

De Recife, Anelis convocou Karina Buhr e a multi-batuqueira, Flavia Maia, fazendo “Sonhando”; Trouxe Alzira E (parceira de muitas das canções do Assumpção pai) para cantar “Quaresmeira”; Lurdez da Luz e Rodrigo Brandão aprecem em “O importante é o que interessa”, minha favorita entre as ‘novidades’.

Sem contar que Sou suspeita, estou sujeita, não sou santa conta ainda, com Curumin, Beto Villares e a banda que já a acompanha desde que começou carreira solo, incluindo gente que tocava na banda do pai (algumas dessas pessoas tocavam com as Orquídeas do Brasil, em que Anelis fazia vocal).

Se filho de peixe, peixinho é, eu não sei. Mas eu assumo gostar desse álbum. A mim nem parece tão óbvio assim e olha que eu já ouvi a ‘prévia’ enésimas vezes…

¡Hasta!