Fazendo da música estranha sua praia, a norte-americana Merrill Garbus assumiu a alcunha tUnE-yArDs (se escreve assim mesmo) em 2006, e dois anos após seu debut (Bird-brains, 2009) aporta em nossas páginas com whokill, seu novo trabalho que chega ao mercado em 18 de abril via 4AD.

Mesmo contando agora com o baixista Nate Brenner e com uma produção mais acurada, o tUnE-yArDs em whokill ainda é o tUnE-yArDs de Bird-brains – menos lo-fi, é verdade – mas ainda experimental na medida certa para não ser chato e com algo de pop que não os torna medíocres.

 

 

Abusando da percussão e de elementos incomuns, a dupla foge dos padrões mais ‘quadradinhos’ do rock e injeta nele muito ritmo quebrado, com influências que vão do jazz ao hip hop, passando por algo de latino, funk e muito de soul music, graças à voz e à entrega de Garbus enquanto canta.

Há também no disco momentos de calma, como a bela “Wolly wolly gong”, mas o bicho pega mesmo em faixas como a que abre whokill, a sacudida e percussiva “My country”.

 

 

As dez canções do álbum apontam uma evolução natural em relação a seu antecessor de 2009, e lembram outras criaturas estranhas do universo indie como Beck e Solex. E para quem já atira pedras no tUnE-yArDs pela mudança em sua música, fica o recado que Merrill Garbus deixou em entrevista ao Pitchfork: “Será que devo restringir minha audiência somente a quem aprecia a estética lo-fi?”

A resposta é não!

Recomendado!


2 respostas para “tUnE-yArDs – whokill (2011)”.

  1. […] e se tornaram clássicos com o tempo. De novos, gostei demais do Rainbow Arabia, Twin Shadow, Tune Yards, Jamie Lidell e Horrors (que são relativamente novos se comparados com os que eu falei no começo […]

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