O trio londrino White Lies surgiu como um pastiche de brit pop chamado Fear Of Flying, na primeira metade dos anos 2000. Após lançarem dois singles, mudaram o nome da banda, as roupas e a direção musical. Nascia ai o White Lies que conhecemos.

Com os seis pés enfiados no pós punk britânico, Harry McVeigh (guitarra, vocal), Charles Cave (baixo) e Jack Lawrence-Brown (bateria, teclados) lançaram seu primeiro álbum, To lose my life, em 2009; e agora em 2011 – ainda com os pés nos anos 80 – a Fiction Records põe no mercado seu novo disco, Ritual.

A dica já foi dada: o caminho do White Lies continua cruzando o de bandas como Joy Division/New Order, Echo and The Bunnymen, The Cure e outras. É a mesma cartilha seguida por Interpol, Editors e alguns grupos surgidos no final do século XX/começo do XXI.

Produzido por Alan Moulder, que já trabalhou com Jesus And Mary Chain, My Bloody Valentine, Blonde Redhead, etc, Ritual é sombrio até o talo, cheio de sintetizadores cavernosos – como a voz de McVeigh – e apesar do clima melancólico não é um álbum de todo desanimado. Algumas faixas, como “Is love”, “Strangers” (a preferida da casa) e “Holy ghost” lembram o The Killers e podem até se tornar hits em pistas indie, dependendo da quantidade de álcool ingerida pelo DJ e pelo público.

No mais, todas as canções têm um ‘senso de urgência’ (como diz a letra de “Strangers”) que também é marca das bandas que influenciam o White Lies, e tornam Ritual um álbum intenso, que pode te colocar pra dançar com a parede e esquecer, por quase 50 minutos, que estamos em 2011.


Uma resposta para “White Lies – Ritual (2011)”.

  1. […] bandas do revival pós-punk – Intepol e Editors, por exemplo – o Exploding Boy, como o White Lies, soa realmente cavernoso, dark, gótico até os […]

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