Clubber. Cybermano. Big beat. Isso tudo em 1997 fazia algum sentido. Era a segunda metade dos anos 90, a época da grande segmentação, quando a dance music deixou de vez o gueto e se tornou ‘coisa séria’; rótulos foram colados, DJs se tornaram super estrelas, raves passaram a lotar, donos de clubes passaram a encher bolso de dinheiro e a cena explodiu. Tudo muito. Excessos. Pra caralho.

Em junho daquele ano de tantos e tantos lançamentos importantes para o ‘fortalecimento’ da coisa toda – mesmo ano em que os Chem Bros deram ao mundo Dig your own hole – o Prodigy, já meio veterano das pistas e consolidado nas mesmas, resolveu dar uma voadora na porra toda e lançar o que se tornaria a trilha sonora oficial dos rolês, do Grajaú aos Jardins.

Você que gosta de música (eletrônica) pode achar The fat of the land datado, clássico, muito isso ou muito aquilo, mas com certeza acha alguma coisa. Porque ninguém passou incólume pelo terceiro disco do Prodigy.

Não vou fazer análise histórica e voltar ao começo do primeiro parágrafo desse texto, traçando relações entre o sucesso descomunal dos caras e a moda/comportamento de 20 anos atrás, porque tenho preguiça demais e tempo de menos; mas se você andou pelas ruas de SP ali por 97 com (quase) certeza:

A) Era cluber, meio clubber, cybermano ou meio cybermano
B) Era o escroto que intimidava (ou tentava intimidar) os acima citados

De qualquer jeito, Fat of the land é essencial!

 

 

 


Uma resposta para “The Prodigy – The Fat Of The Land (1997)”.

  1. Kaio

    Fat of the Land é incrível, e olha que eu curto mais rock mas mesmo assim sei valorizar a boa musica. Não dá pra não gostar de musicas como ”Firestarter” ”Smack my Bitch Up” ”Breathe” além de várias outras, destaco também ”Narayan”, ”Mindfields” e ”Full My Fire” que junto com as três a cima já citas são as milhas preferidas do disco.

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