Eu tive a sorte de ler “1984”, último romance do escritor inglês George Orwell, ainda na adolescência. Mais que uma simples leitura, o contato foi uma experiência devastadora, daquelas que marcam a vida de uma forma irreversível.
A história da vida de Winston, o ‘último homem da Europa’ – um dos títulos originais do livro, aliás – sob o regime totalitário do Grande Irmão (sim, do inglês Big Brother, mesmo nome daquele lixo exibido na TV) e suas inúmeras agruras me ensinaram muito sobre o poder do Estado sobre o homem e sobre a importância de uma postura crítica e combativa em relação a esse mesmo Estado e seus muitos paramentos. Para quem desconhece, há na Wikipédia um breve resumo do livro.
Em 1984 o diretor Michael Radford rodou uma fiel versão cinematográfica da obra de Orwell, com John Hurt, Richard Burton e Suzanna Hamilton nos papéis principais da trama. E é este filme que a gente compartilha por aqui agora, neste momento absurdamente orwelliano em que vivemos, com o Estado cagando sobre nossas cabeças, suas ferramentas midiáticas distorcendo a realidade diante de nossos olhos e infelizmente com os dois minutos de ódio se tornando via de regra em redes sociais.
O futuro distópico de George Orwell chegou. Sejamos Winston!
PS: Antes da versão de Radford, em 1956 (6 anos após o lançamento do livro) o diretor Michael Anderson já havia transformado “1984” em filme, que você pode assistir aqui.