Twice, o segundo disco da cantora de reggae Hollie Cook, foi uma preciosa dica dada por um amigo no fuckbook. Pus os ouvidos no álbum e me apaixonei imediatamente pela voz doce e sensual da moça, daí fui atrás de sua biografia para saber mais sobre ela. E…
Hollie é filha de Paul Cook (baterista do Sex Pistols) e Jeni Cook (backing vocal do Culture Club). Seu padrinho é Boy George e ela já teve como babá ninguém menos que David Bowie. Pode-se dizer que ela teve uma infância musicalmente rica, no mínimo. E não para por aí.
Na adolescência, por influência do pai, a menina começou a cantar com as Slits, banda da mítica Ari Up (que dá nome a uma das canções de Twice). Com a morte de Up em 2010 e o fim das Slits, Hollie começou ‘oficialmente’ sua carreira. Em 2011 lançou seu primeiro e homônimo álbum, e agora em 2014 nasceu seu segundo trabalho, que você ouve por aqui agora.
Hollie Cook chama sua música de ‘tropical pop’, e não deixa de ser por aí. As boas vibrações do tchaca tchaca caribenho são a trilha por onde ela deixa sua deliciosa voz deslizar, suavemente, nas nove faixas do álbum.
Não é um disco politizado ou revolucionário, a pegada aqui é mesmo na linha ‘lovers rock’ – que aliás ajudou a popularizar o reggae na Inglaterra -, com muita influência de soul music, girl groups, amor, boa brisa e, não que isso valha muita coisa, aprovadíssimo por aqui.
Como diriam Jai Mahal e China Kane, perfeito para relaxar sua mente pensante e levitar seus pés dançantes.