
Seria o Autolux a melhor banda dos anos 2000 a reler o indie rock dos anos 90?
O trio de Los Angeles, formado por Eugene Goreshter (baixo e voz), Carla Azar (bateria, voz) e Greg Edwards (guitarra) traz para o século XXI muitas lições aprendidas na última década do século passado, das cartilhas do shoegaze, noise, dream pop e lo-fi.
Engrossam esse caldo com pequenas intervenções eletrônicas, e seus dois álbuns são pratos raros e saborosos. Transit transit, último deles lançado em agosto via TBD Records/ATP Recordings chega agora a nossas páginas.
O disco é precioso. Ora barulhento e esporrado, ora sutil e delicado, Transit transit é um verdadeiro prisma, emulando de Sonic Youth às diferentes fases do Radiohead, tendo como destaque os vocais de Goresther e Azar, andróginos, suaves e oníricos.
As 10 faixas do álbum são essenciais, cada uma cheia de peculiaridades e vida própria, mas por hoje as preferidas por aqui são “Transit transit”, que alia batidas eletrônicas à guitarras etéreas; e a belíssima “Spots”, com um piano à frente e os vocais deliciosamente sofridos.
Um dos discos do ano, com o aval de gente como PJ Harvey, Thom Yorke, Flaming Lips, Jim Jarmusch e os irmãos Coen. Quem sou eu para dizer o contrário?
Recomendado!
