Talvez o mundo acabe mesmo no próximo dia 21, vai saber. Nós aqui no PCP somos céticos quanto à profecias, então pro inferno com toda essa conversa e vamos ao que interessa: a música.
Neste ano faremos duas listas de melhores discos do ano, uma com álbuns nacionais e outra com álbuns gringos. Hoje a bola da vez será a seleção com os 13 preferidos da casa quando o tema é música feita no Brasil.
Não vou me prolongar sobre o assunto, mas posso dizer que achei 2012 um bom ano pra música nacional; não excepcional, mas bom. E, claro, devo avisar que não ouvi nem metade dos trabalhos lançados nos últimos 353 dias, então muita coisa boa vai ficar de fora.
E um último aviso: a lista não tem formato de ranking, porque eu acredito na justiça.
Dito isso, eis os 13 melhores álbuns nacionais de 2013 para o Pequenos Clássicos Perdidos.
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Jair Naves – E você se sente numa cela escura, planejando a sua fuga, cavando o chão com as próprias unhas
Jair é direto, visceral, atormentado, e as 10 faixas do álbum funcionam como uma grande crônica dividida em pequenos contos, revelando um compositor inteligente e com um alto teor de melancolia no sangue. Um trovador contemporâneo…(Leia mais).
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The Sorry Shop – Bloody, fuzzy, cozy
É com essa pegada que as canções de Bloody, fuzzy, cozy vão seguindo, e fica cada vez mais difícil pausá-lo. “Walk away (and don’t come back”), uma das preferidas por aqui, ilustra bem outra marca do álbum, a intensidade emocional das composições…(Leia mais)
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BNegão & Seletores De Frequência – Sintoniza lá
O poder de fogo dos Seletores impressiona em Sintoniza lá. A banda conduz as canções com maestria, não importando o ritmo/andamento/estilo. A parada vai do samba ao funk (carioca), do afrobeat ao hardcore, do reggae ao soul…(Leia mais)
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Single Parents – Unrest
Oscilando entre momentos melódicos e barulhentos, Unrest – apesar de não ser exatamente pop, no sentido mais usado da palavra – tem tudo para agradar ouvintes de fora dos guetos indie/alternativo…(Leia mais)
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Curumin – Arrocha
O grande barato do Curumin é que ele não segue tendências, e em Arrocha isso é novamente notável. Mais calcado nas programações eletrônicas mas ainda cheio de groove e suingue em suas 13 canções, o disco não soa como nada feito por aqui…(Leia mais)
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This Lonely Crowd – Pervade
Neste novo álbum, Cyrus the Brewer, Bubba the Panda, Preceptor Teeth, Granamyr e Honeydew injetaram ainda mais volume e distorção em suas guitarras, mas mesmo mais barulhento, Pervade me soa menos ‘banger’ que seu antecessor, indo mais fundo no shoegaze/pós-rock de verve hipnótica…(Leia mais)
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Wallace Costa – They should be soft
They should be soft traz novamente à tona o folk – com direito à infalível harmônica – de Possible death, de 2011, mas agora com um Wallace Costa mergulhando mais fundo na psicodelia e nas guitarras distorcidas, e liricamente mais próximo ao desencanto que à morte…(Leia mais)
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CéU – Caravana sereia bloom
A viagem de CéU agora vai aos anos 60/70, no momento em que o rock psicodélico encontrou a soul music e juntos foram muito felizes. Entre um tapa e outro, chegam aos ouvidos ecos do segundo disco da baiana Gal Costa, viajandão e cheio de alma até o último sulco…(Leia mais)
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Starfire Connective Sound – Where go the boats
Este novo single do Starfire Connective Sound é mais uma amostra do poder de fogo de Al Schenkel. E enquanto os formadores de opinião prestam atenção à coveres de Strokes, vem do underground catarinense um dos produtos mais interessantes feitos – com originalidade – no Brasil…(Leia mais)
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Tulipa Ruiz – Tudo tanto
Tudo tanto, assim como Efêmera, funciona como um prisma pop, de diversas cores. Vai fazer a cabeça de bastiões e novatos, de indies descolados e mpbistas analíticos, porque – mesmo não sendo mais do mesmo, repetindo a fórmula de seu antecessor – é igualmente irresistível…(Leia mais)
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Sobre A Máquina – Sobre a máquina
Toda essa desconstrução/reconstrução é sentida na pele ao ouvir Sobre a máquina. O disco tem ar de improviso; por vezes aparenta desconexão entre um ponto e outro, para em seguida se reagrupar numa espécie de vitral, fraturado e escuro…(Leia mais)
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Tratak – Agora eu sou o silêncio
O resultado da empreitada é um disco triste, dolorido, baseado no violão mas recheado de pequenos detalhes, dissonâncias, percussões e algumas experimentações/barulhos muito bem vindos…(Leia mais)
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Fóssil – Mocumentário
Cada uma das canções é assim: trazem na forte base instrumental do pós-rock a forma que os membros do Fóssil encontraram para narrar, de acordo com as sensações propiciadas por cada uma delas, uma diferente experiência. O elo de ligação é a busca, não o encontro…(Leia mais)
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Que venha 2013!
Coisa linda esse disco do Tratak, Fabinho! Não o conhecia e baixei. To amarradão aqui! Valeu mais essa dica! Tu é O CARA! rs.
Nóis, manoooo!!!
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