Enquanto o Stereolab – que não anunciou oficialmente seu fim – permanece suspenso no limbo, Laetitia Sadier continua sua carreira solo.

Dois anos após lançar The trip, a francesa está de volta (ainda) mais introspectiva com um novo trabalho, não por acaso intitulado Silencio.

Lançado via Drag City, o disco é fruto de uma experiência silenciosa e solitária de Laetitia em uma vila espanhola.

Cheio de referências políticas e mensagens quase diretas aos países ricos (EUA?), como “The rule of the game”, “Ausculation to the nation” e “There is a price for freedom (and it’s not security”, Silencio é mais uma mostra da inteligência refinada da ex-vocalista do Stereolab.

Musicalmente, como dito, o álbum é bem introspectivo. Em seus melhores momentos tem – óbvio – a cara do Stereolab menos kraut/mais pop, com aquele tipo de música circular, cheio de elementos que vão da percussão aos sintetizadores, beirando a bossa aqui e o rock ali.

A voz tranquila de Laetitia e os arranjos limpos (e por vezes complexos) fazem de Silencio um convite à contemplação, quase como uma obra literária em forma de música.

O silêncio, definitivamente, lhe cai bem.


Uma resposta para “Laetitia Sadier – Silencio (2012)”.

  1. […] e guiadas pela voz de Nicole Yun (aos meus ouvidos, mais ou menos algo entre Harriet Wheeler, Laetitia Sadier e Kathleen Hanna); são faixas bem pra […]

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