Undercover marca a saída de Marc Houle do selo Minus e sua estreia na Items & Things, antes um subselo da Minus e agora mantido de forma independente pelo próprio Marc ao lado de Magda e Troy Pierce.

Mudança de selo, mudança na música. Houle – que é canadense e mudou-se para a Alemanha no início dos anos 2000 – esteve por anos ligado à cena de techno minimalista, mas em seu novo trabalho volta às raízes que o influenciaram. Undercover é todo feito de fragmentos dos anos 80, da acid house, do synthpop e dos clubes de Detroit.

Os BPMs estão desacelerados, há teclados vintage esparramados pelo álbum, e suas 8 tracks vem com linhas de baixo gordas, efeitos ácidos (palmas, apitos, etc) e toda a aura mítica do Roland TB 303.

Quando canta (ou melhor, fala, como na faixa-título), Marc Houle torna as coisas mais sombrias, (ainda) mais sintéticas, e traz à memória o preferido da casa Green Velvet.

Se esse será o novo caminho trilhado por Marc Houle na hora de produzir é difícil saber. Mas seria interessante, agora sem patrões e com total liberdade criativa, que ele continuasse a nos surpreender. Afinal, quem fica parado é poste.

Recomendo para maiores de 30.


Uma resposta para “Marc Houle – Undercover (2012)”.

  1. […] anos após sua ótima estreia no selo Itens & Things, Marc Houle está de volta com seu segundo álbum pela gravadora, sexto […]

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