L.L Cool J. e Common, rappers americanos. En Vogue, um quarteto de R&B formado por mulheres. Massive Attack, um dos expoentes do trip-hop inglês. Em comum? James Brown!
Bandas diferentes, estilos diferentes mas o mesmo gosto pelo heavy funk de “The payback”, faixa de abertura do homônimo disco de 73.
Considerado um dos mais influentes dos 70’s, o disco foi lançado pela Polydor, selo da Universal Music por onde Brown publicou uma parte de seus trabalhos (durante 10 anos). O contrato foi firmado até meados dos anos 80, mas vez ou outra a Polydor lançava coletâneas e registros ao vivo do rei do soul. (Na época ele tinha um selo próprio, a People Records, que mais tarde foi comprado pela Polydor).
Depois do banho de groove da primeira faixa o disco segue com tudo, oferecendo espaço para canções mais lentas também, para serem dançadas juntinho. “Doing the best I can” e “Forever suffering” contam com coro da banda, gritos de Brown por um amor louco e por aí vai. Digo mais: ele soube dosar bem essa relativa ‘calmaria’ – paramos por aqui e peso volta a comer solto, até o final do álbum.
“Time is running out fast” manda rufadas em preciosos instrumentos de sopro e “Stone to the bone” vem num funkezinho de leve pra anunciar o final do disco. É de sapatear mesmo, meu irmão!
Em meio a expressões como ‘Ain’t it funk!’ e ‘Good God!’, James se despede com “Mind power”, minha preferida. Evidentemente, sou fã e gosto do balanço de The Payback. Ponto. Se aqui rolasse uma etiqueta, seria de ‘Disco Memorável’ ou ‘Disco Fundamental’.
Agora, só uma coisa eu nunca entendi e não saberei explicar: por que diabos entre uma música e outra, há uma espécie de apito, como de fosse a introdução? Coisas do Homem da Capa, né?
¡Hasta!
O melhor disco do James Brown !!!